sábado, 5 de janeiro de 2013

Ainda vai parar de doer...

Eu deito na cama, respiro fundo e penso duas vezes: “O que mais pode estar errado aqui? Além da minha cabeça… é claro.” Eu ouço sua voz o tempo inteiro, vejo seu rosto. Eu choro devagar, respiro fundo. Minha garganta dói. Eu ainda ouço sua respiração ao longo das lágrimas e nada, nada, nada faz parar de doer. Eu engulo o medo, por precaução, cuidado, egoísmo ou angústia da saudade mesmo. Eu evito dizer seu nome, evito pensar, mas vez ou outra me pego escrevendo seu nome em uma folha rabiscada no final do meu caderno. Seu nome na minha agenda é o mais visto, o mais gravado. Eu ainda guardo suas mensagens, eu ainda sorrio ao ler o“meu amor”, “meu bebê”. Eu fico me envolvendo nas minhas próprias lembranças. Eu fico chorando a meia hora, meio termo. Eu mordo os lábios, prendo a respiração. Minha garganta dói e meus olhos quase não vêem quando imagino você fora de tudo… fora dos meus pensamentos. Da minha vida. Já doeu uma vez, duas e vai doer de novo. Todo dia, o tempo inteiro, enquanto eu respirar. Porque eu vi que era amor, eu senti, eu vivi. Intensamente, sem falsa verdade, sem falsa mágoa, sem mentira. Da nostalgia eu só quero distância, porque quero sua presença. Perto, dentro, ao lado. Eu quero você, como a única fonte de sorriso, a única fonte de vida. E ainda será você quem vai me tirar uma alegria do meu rosto ao dizer: “Que teimosa.” E sabe qual é a melhor parte? Eu não vou deixar de amar você. Então eu não me importo que doa assim todos os dias, eu não me importo em deitar no chão do quarto, em me lembrar da ausência do frio quando enquanto ouvia sua voz. Me pego desajeitada ao tentar sorrir sem você. Me pego boba, meio distraída ao ler frases de amor. Me imagino ainda deitada no espaço mais vazio da sua cama, ao seu lado. Entrelaçando meus dedos em seus cabelos e dizendo o quanto eu amo o tom da sua voz. Se eu continuar me alimentando somente dos sonhos, dos nossos planos e das minhas lembranças, talvez eu ainda consiga levantar da cama todos os dias e cumprir minhas promessas. Nossas promessas… aquelas quais sempre irão existir. Pego-me sorrindo ao imaginar seu abraço, esperar sua presença, imaginar o doce gosto do seu beijo. Mas se der tudo errado, meu amor, se as lembranças nos consumirem, se a saudade engasgar no peito, se a dor for insuportável… vem deitar no meu colo por uma noite. Eu acredito em você todas as vezes em que você promete que ainda vai parar doer.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Experimente me entender...

Esta sou eu... quero tudo ao mesmo tempo e não me conformo com respostas pela metade. Esta minha mania de querer explicação pra tudo já me rendeu algumas dores de cabeça. Mas é assim mesmo, eu gosto de coisas com inicio, meio e fim.
Gosto de gente por inteira e que como eu, muda sempre que for preciso, sempre evoluo se for pra melhorar, mas nunca me dou pela metade. Espere sempre isso de mim.
Alegria pra mim tem que ser completo, o choro tem que ser as bicas. Sou exagerada por natureza, por isso se for me abraçar que seja bem forte e bem intenso. Eu vou te abraçar com toda minha alma. Meus sonhos são imensos e se misturam com realidade de tal forma que me atrapalho toda. As vezes me sinto do lado avesso... e parece ser o melhor lado, pq essa coisa de ser normal, juro que tentei... mas não gostei! Eu gosto assim... mesmo que esteja tudo bagunçado dentro de mim!
Cuidado comigo, sou bruta as vezes... Mas não sempre! Costumo revidar, mas não com a mesma moeda, revido com a minha que pode ser o silêncio ou um largo e atrapalhado discurso, escrever é minha terapia. Sou também meio bicho do mato, gosto do meu canto, por isso posso sair por ai, mas voltar depressa para meus cheiros, meus lençóis, minhas palavras... meu refúgio. Sou também cheia de projetos, desde fazer uma viagem à África por uma boa causa social, escrever um livro, que, aliás, escrevi vários capítulos e depois joguei fora, até criar uma ONG.
Nada me amedronta, nem a distância, nem a lonjura, aliás, me amedronta o egoísmo, a inveja, a maldade, a dureza do coração. O resto eu vou levando, nem sempre com o jeitinho que eu gostaria, mas levo.
Queria ser melhor, mas faço o que posso. Apesar de tudo, meu coração é de açúcar. Se brigo, no mesmo instante me arrependo e volto atrás. Gosto muito de tocar o coração e da mesma forma um afago me derrete.
Um dia estou triste e no outro novinha em folha e ainda me emociono com flores, carinho, bondade, amor. Experimente me entender, neste emaranhado de coisas.
Para mim o mundo é pequeno...